A nossa visão também envelhece e um dos sintomas do passar do tempo é a perda da visão. Uma das doenças que podem levar a esse quadro é a Degeneração Macular Relacionada à Idade, a DMRI. Cerca de 100 mil novos casos do distúrbio são diagnosticados todos os anos no Brasil, principalmente na população com mais de 55 anos. Neste blog vamos te contar o que é a DMRI, os principais sintomas, tratamentos e como prevenir a doença.
O QUE É A MÁCULA E COMO OCORRE A SUA DEGENERAÇÃO
A mácula é uma pequena área da retina responsável por dar forma aos detalhes. Ela é essencial para que a gente consiga ler, reconhecer rostos e perceber as cores. Isso só é possível porque nessas estruturas existem células sensíveis à luz que convertem a luminosidade em imagem.
Mas quando e porquê ocorre a degeneração da mácula? Bom, é preciso entender que os nossos olhos também envelhecem. Esse processo natural pode comprometer a mácula, afetando a visão central. O resultado é o embaçamento da imagens e a formação de manchas escuras em parte da visão, principalmente no centro.
A Degeneração Macular Relacionada à Idade é uma das principais causas de cegueira na população acima de 55 anos e por isso precisa de atenção e cuidados, principalmente na prevenção e no diagnóstico, já que a doença costuma ser assintomática.
A DMRI provoca a perda gradual da visão, atrapalhando atividades simples do dia a dia como ler ou dirigir, afetando diretamente a qualidade de vida dessas pessoas.
SAIBA MAIS NO BLOG: Você sabe o que é degeneração macular?
CONHEÇA OS TIPOS DE DEGENERAÇÃO MACULAR
A DMRI é uma doença silenciosa e pode se manifestar em dois tipos distintos, a degeneração macular atrófica ou seca; e a degeneração macular exsudativa ou úmida. Ambas causam a perda de visão, mas elas se diferem pelo grau de complexidade e velocidade no comprometimento da visão.
Degeneração macular atrófica ou seca
É o tipo mais frequente da doença – cerca de 90% dos casos – e acontece pelo envelhecimento e afinamento dos tecidos da mácula. A perda de visão ocorre gradualmente, o que faz com que a pessoa conviva durante anos com a doença sem perceber que há algo errado.
A DMRI atrófica ocorre quando há o depósito de restos celulares no fundo do olho, formando pequenos cristais – as drusas. Essas estruturas podem causar a degeneração da mácula ao destruírem os fotorreceptores da retina, resultando na perda da visão.
Degeneração macular exsudativa ou úmida
A forma exsudativa ou úmida da doença é o tipo mais agressivo e preocupante, afetando cerca de 10% dos pacientes acometidos pela DMRI. O distúrbio é perigoso porque ele é caracterizado pelo vazamento de fluidos ou sangue pelos vasos sub-retinianos.
Isso acontece porque nesse tipo de DMRI são formados novos vasos sanguíneos irregulares abaixo da retina, aumentando os riscos de escoamento de fluidos e sangue. Quando isso ocorre, a perda da visão é rápida, sem tempo para que haja tratamento.

MAS COMO A DMRI SE DESENVOLVE?
Apesar de comum na população acima de 55 anos, ainda não se sabe as razões exatas para o desenvolvimento do distúrbio. Porém, sabe-se que a DMRI é uma doença com causas multifatoriais. Além dos riscos genéticos, alterações metabólicas e ambientais e o envelhecimento natural do corpo podem influenciar no surgimento do distúrbio. Outros motivos podem causar a doença, como:
- Ter idade acima de 55 anos;
- Ter casos da doença na família;
- Ter pele e olhos claros;
- Estar obeso;
- Ser fumante;
- Ter uma alimentação pobre em hortaliças, frutas e verduras;
- Sofrer de hipertensão arterial e diabetes;
- Se expor excessivamente ao sol.
COMO PERCEBER OS SINAIS DA DEGENERAÇÃO MACULAR
Em boa parte dos casos, a DMRI é assintomática. Muitas vezes a doença é diagnosticada no consultório do médico Oftalmologista, porém alguns sinais podem chamar a atenção do paciente, como:
- Visão central embaçada;
- Dificuldade de adaptação em ambientes com pouca luz;
- Queda na capacidade de reparar detalhes;
- Redução da intensidades das cores;
- Visão turva e confusa;
- Dificuldade para reconhecer rostos;
- Formação de manchas escuras no centro da visão;
- Surgimento de pontos cegos;
- Perda gradual da capacidade de enxergar;
- Dificuldade para ler.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA?
Como falamos nas páginas anteriores, muitos casos de degeneração macular são assintomáticos e o paciente só percebe que há algo errado quando a visão já está bem comprometida. Por isso é essencial que as consultas com o médico Oftalmologista sejam feitas regularmente. Alguns exames também podem auxiliar o diagnóstico da doença, como:
- Angiografia com Fluoresceína: o exame utiliza corantes aplicados por injeção venosa para analisar o fundo do olho e os vasos sanguíneos, buscando e localizando anomalias na retina.
- Tomografia de Coerência Óptica: para esse exame é utilizada a técnica interferometria de baixa coerência. Com ela é capaz de medir os tecidos biológicos e analisar se há alterações na retina.
Em casos de suspeitas de DMRI é importante buscar um profissional especializado em retina. É ele quem irá pedir exames mais detalhados para analisar a mácula e toda a estrutura afetada pela doença.
COMO É O TRATAMENTO?
Os tratamentos para DMRI não são os mesmos para todos os casos. Cada tipo da doença pede uma abordagem diferente, porém o importante em ambos os casos é diagnosticar o problema ainda no início para que ela seja cuidado da melhor maneira.
Para os casos de DMRI seca, o tratamento passa pela boa nutrição do paciente. Uma dieta rica em alimentos antioxidantes, em vitaminas C e E, betacarotenos, ômega 3, zinco e ácidos graxos é muito importante para o combate da doença. Além disso, evitar a exposição solar e apostar em castanhas, linhaça, trigo, ovos e óleo de girassol também podem fazer parte do tratamento.
Já na DMRI úmida, o combate se dá através de medicamentos intraoculares. O tratamento é feito com injeções no globo ocular e tem por objetivo combater a formação do vasos irregulares.
PREVENÇÃO: PROTEJA OS SEUS OLHOS DA DMRI
A melhor forma de prevenir o desenvolvimento da Degeneração Macular Relativa à Idade é visitar periodicamente o seu médico Oftalmologista. É com os exames de consultório e também com as análises mais complexas e aprofundadas que o especialista será capaz de identificar alterações na mácula. Desse jeito, é possível diagnosticar a doença ainda no início, sem que haja comprometimento da visão.
Porém algumas atitudes podem diminuir os riscos do desenvolvimento da DMRI, como:
- Não fumar;
- Manter o peso em dia;
- Fazer atividade física regularmente;
- Ter uma dieta saudável e balanceada;
- Evitar alimentos gordurosos;
- Cuidar da pressão arterial;
- Evitar a exposição excessiva à luz solar.
A prevenção ainda é a melhor forma de se proteger contra a DMRI e manter a saúde dos seus olhos em dia e a sua visão na melhor forma.
Apesar da informação, esse material não dispensa a orientação e uma boa conversa com o médico Oftalmologista. Por isso, se você já passou dos 55 anos, possui histórico familiar de DMRI ou deseja manter a saúde dos seus olhos em dia, marque uma consulta na UPO Oftalmologia.